A prolixidade é um problema para a Diplomática?
Palavras ao vento. |
PROLIXO: Que fala ou escreve usando mais palavras do que o
necessário. Que se expressa, falando ou escrevendo, através do uso excessivo de
palavras.
Há duas formas de ser prolixo:
Ø_A mais frequente é falar
demais sem dizer nada, dar voltas até chegar ao essencial.
Ø_A segunda forma é usar um
vocabulário pesado, inacessível à maioria das pessoas.
A diplomática precisa ser clara e
objetiva. Todavia, no mundo da música é possível se encontrar músicas extensas
demais e que dizem muito ou nada, bem como outras menores
e que dizem tanto quanto seu tamanho, nada ou quase isso, ou dizem muito.
Os gostos musicais são variados,
do um Carimbo do Estado do Pará, às clássicas que ultrapassam facilmente os
vinte minutos, como Rachmaninov: Pianoconcerto nº.2 op.18, tocada, entre tantos
artistas renomados, por Anna Fedorova, tal música tem exatos trinta e sete
minutos e quarenta e oito segundos. Esses estilos reúnem multidões que
comparecem só para ouvi-los, assim como tantos outros estilos musicais. São
prolixos? Não são? Você ai, se ainda não desistiu da leitura, decide.
Mas voltando para a Diplomática,
não importa que uma música tenha um minuto ou quarenta, que tenha sido escrita em uma página ou em dez, será enfadonha? Para muitos sim, principalmente para
quem não gosta, mas para a diplomática pouco importa que ela seja prolixa,
todavia o contrário não pode ocorrer, até mesmo porque a Diplomática é a
ciência que se preocupa em utilizar a correta metodologia de descrição
documental, e, para isso, a descrição tem que ser sintética e objetiva. Ela
pode mergulhar em um oceano de informações prolixas, mas terá que extrair o
máximo dele e expor o mínimo necessário.
Noutro sentido, um mesmo arquivo
musical ou audiovisual, independentemente de sua extensão, pode ganhar roupagem
diferente em contextos diferentes, será o mesmo documento, mas o suporte pode
ter mudanças, pode ser encontrado em um disco de vinil, em um CD ou DVD, em um
Pen Drive, no HD de um computador, etc.
Sendo assim, no arquivo de um
cidadão comum o arquivo pode servir como prova de que ele já ouviu uma determinada
música de uma lista, e, os outros arquivos musicais pertencentes a tal lista
também integrarão seu fundo arquivístico quando forem ouvidas; para um
organizador de festas de crianças ou casamentos pode servir como prova de que
ele tem um acervo musical adequado e está qualificado para, no dia da festa,
colocar somente músicas pertinentes ao evento; para um artista, o produtor da
música, pode servir como prova de que ele tenha recebido uma premiação para tal
música, um disco de ouro, platina, ou qualquer outra homenagem contendo a letra
de sua música assinada por uma autoridade da área conferindo a ele tal
premiação.
A Diplomática tem que ser sucinta,
e, dentro de uma pilha documental, propor um plano de classificação para tais
documentos, obedecendo à identificação da tipologia documental, como, por
exemplo, pode se ter um acervo musical, com vários estilos musicais extensos ou
não, espalhados nos mais variados suportes, o acervo de uma rádio, que pode ter
a seguinte classificação em seu fundo:
Plano de classificação |
Nesse contexto pode-se concluir
que os documentos em si podem ser prolixos ou não, mas a Diplomática não deve ser, ela deve se preocupar, entre outros
fatores, com a correta metodologia de descrição documental.
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