terça-feira, 24 de março de 2015

Informativo NãoMente:

A música, o ruído, a informação, a fonografia.

Em um artigo publicado na página da Universidade de Caxias do Sul, foi abordada a questão do ruído e da música, de que o ruído constitui-se na própria música e, portanto, em informação.
Todavia, há uma certa dicotomia do que se entende. Que a informação equivale à ordem e o ruído, à desordem.
Nesse contexto, segundo o artigo, o que podemos esperar, como ouvintes, do que se ouve? Música? Ruído? Sim para ambos.
Na verdade o ruído trata-se de um “pano de fundo para o Universo” e sobre ele deve se tratar a informação, a qual não existe sem o ruído.
O jogo entre som e ruído constitui a música. O som do mundo é ruído: “o mundo se apresenta para nós a todo momento através de frequências irregulares e caóticas com as quais a música trabalha para extrair-lhes uma ordenação.”


Enxergamos no artigo que a configuração que assume um documento fonográfico de acordo com seu sistema de signos utilizado na comunicação de seu conteúdo, trás a interpretação de que a transformação no campo sonoro da linguagem musical operou-se quando barulhos de todo tipo foram incorporados, e isso ocorreu desde o início do século XX. Mais ainda, que a introdução do ruído, além de atuar diretamente no código e forçar os limites do espectro da carga informativa das mensagens, perpassou a modernidade em música.
Das buzinas de carro, dos tiros de pistola, das hélices de avião, das máquinas de datilografia, o que pode se chamar de sons crus (comento), repousando na música eletrônica que encontrava em estúdios disponibilidade de equipamentos para se proliferarem; o som que passou a ser trabalhado devido ao fascínio dos compositores com a tecnologia; estudos de ruídos que conceberam a nova música. De tudo isso é possível se observar um grande número de mensagens que chega a quem ouve a música/ruído.
Com tudo isso podemos afirmar que se trata do gênero que, por meio do ruído aliado à música, chegou e chega aos ouvidos de seus ouvintes carregado de informações. 

Fonte: http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conexao/article/viewFile/942/969



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